terça-feira, 24 de junho de 2008

LIPA XAVIER APRESENTA PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR DO MEIO-PASSE ESTUDANTIL DURANTE REUNIÃO ORDINÁRIA13 mil 241 eleitores legitimam o documento que viabiliza o beneficio estudantil


Hoje (24) ás 7:30 da manhã, durante reunião ordinária na Câmara Municipal de Montes Claros, o vereador pelo quarto mandado consecutivo Lipa Xavier - PCdoB, formalizou a entrega do projeto de implantação do meio-passe estudantil no transporte coletivo urbano na cidade. Montes Claros é a maior cidade do Norte de Minas Gerais e possui mais de 400 mil habitantes. Grande parcela da população é formada por estudantes secundaristas e acadêmicos.
Há dezesseis anos Lipa Xavier, luta pela implantação do beneficio estudantil, e sempre teve dificuldades em direcionar o projeto para a apreciação do poder legislativo. Esta dificuldade é fundamentada pelos interesses do “loby” das empresas de transporte, responsáveis pelo translado no perímetro urbano da cidade, que “enxergam” a implantação do beneficio estudantil como “ameaça” para os seus almejos comerciais e econômicos.
Todos os anos, as passeatas a favor do meio-passe estudantil são articuladas pelas principais lideranças estudantis tanto de Montes Claros quanto dos diretores da UJS, UCMG, UNE, UBES e UEE de Minas Gerais. Esta iniciativa tem como objetivo apresentar os anseios dos estudantes em adquirir o beneficio, além de pressionar o poder legislativo a apreciar o projeto, e o executivo em implantar “por definitivo”, o beneficio estudantil.
Somente neste ano de 2008 foram realizadas duas grandes passeatas, com mais de cinco mil estudantes nas ruas, reivindicando “ordeiramente” o que é de direito da classe estudantil. Na última passeata realizada no dia 24 de abril milhares de estudantes durante ocupação do hall de entrada da Prefeitura Municipal de Montes Claros foram agredidos covardemente pela PM e seus grupos táticos da mesma corporação policial. Este episódio gerou sérias conseqüências, inclusive a vinda da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, a qual irá apurar os fatos ocorridos no próximo dia 26 de junho na Câmara Municipal de Montes Claros.
Com o objetivo de apresentar a população o verdadeiro papel de um vereador, o qual, fundamenta-se em defender os interesses e anseios da população, o vereador do PCdoB Lipa Xavier, formalizou a entrega protocolada das 13.241 assinaturas de montesclarenses a favor da implantação do beneficio estudantil nesta terça-feira (24) durante a reunião ordinária na Câmara Municipal. Trata-se do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para implantação do beneficio, além de retirar o seu projeto que tramita a 16 anos na Câmara Municipal.
Segundo Lipa, agora que o Projeto de Lei trata-se de uma iniciativa popular feita pelos estudantes, que não há mais argumentos de que o projeto trata-se de uma iniciativa partidária ou eleitoreira.
Esta iniciativa é consoante o disposto no Artigo 49 da Lei Orgânica Municipal de Montes Claros, que faculta a iniciativa das leis “ao eleitorado, que a exercerá sob a forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento do total do número de eleitores do Município”. Em Montes Claros, 5% do eleitorado, tratam-se de 11.250 eleitores.
Segundo Lucas Alves, o vice-presidente da União Colegial de Minas Gerais – UCMG, a iniciativa vem mostrar que a população e conseqüentemente a classe estudantil de Montes Claros deseja realmente a implantação do beneficio estudantil, e trata-se de uma resposta de como se faz democracia, após a reação da PM durante a manifestação do dia 24 de abril. “ - Se a policia bate em estudante pra manter a “ordem”, nos mobilizamos a sociedade para mostrar que ordem se faz é com cidadania e democracia!” Finaliza o estudante.

sexta-feira, 6 de junho de 2008



GRUPO COTEMINAS AFIRMA QUE SERÃO DEMITIDOS TODOS OS TRABALHADORES QUE PARTICIPAM DAS MANIFESTAÇÕES

Revoltados grevistas “ocupam” sede do sindicato da categoria em Montes Claros



Os trabalhadores do Grupo Coteminas de Montes Claros, os quais tiveram os cartões de acesso travados, por se manifestarem contra os cortes dos benefícios, após insistentes tentativas de se reunirem com a direção da empresa para negociarem sobre os cortes dos benefícios e sobre as demissões provenientes das manifestações e paralisação das atividades do setor de tecelagem, foram surpreendidos com uma série de represarias por parte da direção da empresa. Desde segunda-feira (2) vários funcionários da direção do Grupo Coteminas, aproveitando da falta de conhecimento jurídico dos trabalhadores, estão forçando os trabalhadores a assinarem um documento de demissão voluntária, alegando que eles vão ser demitidos de uma forma ou de outra e se assinassem o documento pelo menos receberiam o valor de dois salários mínimos. Caso eles não assinassem os mesmos seriam demitidos por justa causa e não receberiam nada por isso. Segundo Lourival Soares Ribeiro, líder de oposição sindical, na sexta-feira (30) eles paralisaram o setor de tecelagem devidos os cortes de benefícios, tentaram dialogar com os diretores da empresa, entretanto quando resolveram voltar às atividades, foram impedidos de entrar na empresa. Segundo o líder sindical de oposição essa manobra do Grupo Coteminas tem como finalidade forçar demissão de justa causa, impedindo de que os trabalhadores comprovem o “ponto” isso reforçaria a argumentação da empresa que os mesmos não compareceram para o trabalho, para assim alegarem que as demissões foram por justa causa. Revoltados com a atitude injusta da empresa, e a inércia do sindicato da categoria, cerca de 50 trabalhadores “ocuparam” a sede do sindicato da categoria exigindo uma postura mais firme e que condiz com os almejos da categoria, e não dos diretores da empresa. A ocupação foi feita sem agressões ou qualquer danificação do patrimônio, as 10h00min horas da manhã. Duas viaturas da policia militar compareceram ao local e constataram que não havia nenhum tumulto ou desordem por parte dos trabalhadores, desta forma se retiraram do local deixando apenas dois policiais para prezar pela segurança. Lourival fez a leitura do documento no qual cobra do sindicato postura mais combatível contra as injustiças que estão sendo feitas com os trabalhadores do Grupo Coteminas. O documento foi protocolado após insistentes tentativas com as lideranças do atual sindicato. Até o fechamento desta matéria os trabalhadores ainda não tiveram um posicionamento definitivo e formalizado sobre as suas reivindicações e continuam ocupando o prédio do sindicato. Em pronunciamento na reunião ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros na última terça-feira (3), o vereador Lipa Xavier PCdoB ressaltou sobre os problemas e injustiças que vinham sofrendo os trabalhadores. Lipa esteve presente na porta da fabrica desde sexta-feira (30) prestando todo apoio pela causa e sensibilizado com as lamentáveis injustiças que os camaradas estão passando.


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COTEMINAS INICIA PROCESSO DE DEMISSÕES E AÇÃO JUDICIAL CONTRA GREVISTAS


Na reunião dos diretores da empresa com os grevistas do Grupo Coteminas, ocorrido no último sábado (31) às 16h, os trabalhadores apresentam uma carta contendo dez reivindicações sobre os benefícios que foram cortados. Entretanto os diretores enfocaram que não atenderão as reivindicações.
A empresa alegou que os cortes de benefícios são provenientes de uma crise pela qual a empresa está passando e com isso optaram com os cortes dos benefícios como manobra de contenção de custos.
Cerca de 800 trabalhadores na conseguiram entrar na empresa, pois, seus números de acesso à catraca foram travados. Desde segunda-feira (2) a empresa informou que os grevistas que saíssem da paralisação teriam seus benefícios prevalecidos, além de um abono de R$60,00 reais. Os trabalhadores ameaçados, cerca de 350 funcionários, foram coagidos a assinarem um documento de demissão voluntária.
Segundo Lourival Soares Ribeiro, líder de oposição sindical da “Chapa2”, é um absurdo que o Grupo Coteminas esteja coagindo os trabalhadores a assinarem o documento de demissão voluntária, sendo que a greve é um direito constitucional e que o trabalhador não pode ser impedido de adentrar na empresa para desempenharem sua função por ter aderido a manifestação. Nossos direitos aos benefícios e a lutar pelos mesmos não podem ser motivo de demissões indevidas, pois, apenas estamos reivindicando o que é de direito do trabalhador nada mais que isso, ressalta o líder sindical de oposição.
Lourival ainda denuncia que na troca de turno dos funcionários os trabalhadores levaram um carro de som para fazerem suas deliberações e como forma de “abafar” a manifestação, a empresa alugou equipamentos de som no valor de R$200,00 por hora. Um dos diretores da empresa alegou ironicamente para os grevistas que o som que alugaram trataria de “som ambiente”. Entretanto, as imagens gravadas pelos grevistas apresentaram uma verdadeira “festa de música eletrônica”.
São várias as tentativas da empresa para boicotarem a greve relata os trabalhadores. Após o impedimento de entrarem na empresa, vários dos grevistas tentaram formalizar um boletim de ocorrência à viatura da PM, que se encontra no local todos os dias. Entretanto, em resposta, os policiais disseram que não fariam o BO, e ressaltaram que a greve era dos manifestantes e que o problema também.


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GREVE NO SETOR DE TECELAGEM DO GRUPO COTEMINAS

Os trabalhadores da COTENOR, a maior das quatro unidades do Grupo Têxtil COTEMINAS em Montes Claros, do setor de fiação (um dos mais importantes da empresa) polarizou espontaneamente a suas atividades na última sexta-feira (30) as 13:00 horas.
Cerca de 250 trabalhadores estão sem trabalhar em decorrência do anuncio comunicado pela empresa de maneira unilateral na quinta-feira (29), de que vários benefícios seriam cortados dos trabalhadores como, por exemplo, as duas cestas básicas que eles recebiam duas vezes por mês, também o beneficio do prêmio de produtividade, os valores de participação dos lucros da empresa e também foi cortado o valor de R$40,00 reais do “ValeCard”. Juntas as duas cestas básicas somam o valor de R$70,00 reais em média.
Os trabalhadores também ressaltaram que o valor da comida do jantar que era de R$0,26 centavos, aumentou para R$0,96 centavos, o dobro do valor que os trabalhadores gastariam por dia para se alimentarem. Por mês gastariam R$28,00 reais em média. Somente com essas perdas de benefícios, o trabalhador perde de seu salário cerca de R$140,00 reais.
Como compensação, a empresa enfocou em um abono de R$60,00 reais, que reduziria a perda do salário para R$80,00 reais, o que segundo os trabalhadores é inaceitável.
Como o sindicato da categoria é dirigido pela própria empresa, os cortes foram permitidos pelo mesmo, motivando os próprios trabalhadores de maneira espontânea paralisaram o setor de afiação que criou a tendência de paralisação parcial de alguns outros setores como o de tecelagem.
Na noite de sexta-feira (30) foi agendada uma reunião da diretoria da empresa com os grevistas para as 16:00h desta segunda-feira (2), os quais esperam poder negociar a manutenção dos benefícios que foram cortados e os mesmos informam que caso a empresa não concorde em retroagir os benefícios retirados à paralisação dos trabalhos se estenderá para toda a fabrica.
Segundo o tecelão Lourival Soares Ribeiro, líder sindical da oposição (CHAPA2) foi realizada uma assembléia com a participação de 700 trabalhadores, na qual foi constituída uma comissão a qual participará da reunião com a direção da empresa.
São mais de 1.800 trabalhadores que paralisarão os trabalhos caso não seja atendidas as reivindicações. Completa que houve ameaças por parte da direção da empresa caso os trabalhadores não voltem as suas funções.
Nesta manha de segunda-feira (2), um forte esquema de segurança foi realizado na portaria da empresa. Os trabalhadores que aderiram à paralisação tiveram seus cartões de acesso travados e não puderam adentrar na empresa. Segundo a direção da empresa, eles deveriam aguardar do lado de fora até que a reunião fosse efetuada.
O vereador Lipa Xavier PCdoB esteve presente desde sexta-feira (30) na porta da empresa junto com os trabalhadores prestando o seu apoio na luta pelo direito dos seus benefícios e se manifestou totalmente a favor da paralisação dos trabalhadores.
Até o fechamento desta matéria a reunião entre a comissão dos trabalhadores e a direção da Coteminas não havia sido encerrada.





sexta-feira, 16 de maio de 2008

LIPA XAVIER DENUNCIA DESCASO DA PREFEITURA COM OS ESTUDANTES ALÉM DE INVERTER OS FATOS TRANSFORMANDO AGRESSOR EM VÍTIMA E VÍTIMA EM AGRESSOR

Durante reunião ordinária na Câmara Municipal de Montes Claros na manhã da última terça-feira (13), o vereador Lipa Xavier do PCdoB retomou a discussão sobre o meio-passe estudantil, ressaltando que na data em questão completa 47 dias, dos 45 que a Prefeitura se comprometeu em apresentar o projeto reformulado sobre o meio-passe estudantil. A promessa foi feita pela comissão de representantes da Prefeitura juntamente com o Vice-prefeito Sued Botelho – PT na data de 27 de março quando ocorreu a primeira passeata a favor do beneficio estudantil.
O vereador comunista relatou que no decorrer do prazo solicitado pela Prefeitura nenhuma reunião foi marcada com a comissão que os estudantes indicaram,comprovando assim, o descaso por parte do executivo em discutir sobre o beneficio para a classe estudantil. Apresentou dois documentos, os quais foram protocolados no gabinete do Vice-prefeito Sued Botelho.
Um dos documentos protocolado na data de 31 de março de 2008, no qual, apresentava a indicação dos nomes dos estudantes que representavam a comissão. O documento foi recebido pela secretária do Vice-prefeito, a funcionária Patrícia Gisele. Outro ofício protocolado na data de 9 de abril de 2008 recebido pelo próprio Vice-prefeito Sued Botelho, acusando o recebimento, pois, o mesmo está assinado pelo próprio Sued Botelho.
Diante dos fatos e dos documentos apresentados, Lipa ressaltou que não é possível alegar desconhecimento ou que os estudantes não fizeram a indicação da comissão legítima dos representantes estudantis. Por duas vezes em caráter oficial cobraram o início das negociações iniciadas e acertadas no dia 27 de março. Criticou o descaso do executivo por não se reunir uma vez se quer com a comissão legitimamente e democraticamente indicada pelas entidades estudantis. Entretanto tem se reunido semanalmente com uma “comissão laranja” formada supostamente por entidades, porém, quase que integralmente formada por estagiários da própria Prefeitura, com o intuito de passar a impressão de que estão abrindo o diálogo com os estudantes sobre o benefício.
Os estagiários “laranjas” tratariam de forjar uma comissão supostamente legítima e supostamente legal na discussão sobre o benefício estudantil.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

PRONUNCIAMENTO DE LIPA APRESENTA NÚMEROS ABSURDOS DE MULTAS APLICADAS PELA TRANSMONTES EM MONTES CLAROS

Na reunião ordinária da última terça-feira (6), o vereador Lipa Xavier (PCdoB) enfatizou sobre as agressões protagonizadas pela PM contra os estudantes secundaristas que se manifestavam á favor do meio-passe estudantil na Prefeitura Municipal de Montes Claros no dia 24 de abril. Informando que foi realizada a Conferência Nacional de Juventude, a qual, foi precedida pela Conferência Municipal de Montes Claros e de todas as cidades do país. Ressaltou que a Conferencial Nacional de Juventude apreciou e aprovou algumas moções as quais foram submetidas a ela, lembrando que algumas foram rejeitadas.
Entretanto houve uma que foi aprovada por unanimidade por todos os delegados das unidades da federação que compareceram na Conferencia Nacional de Juventude. A moção aprovada e legitimada foi a que condena a ação da Polícia Militar contra os estudantes e da Prefeitura Municipal de Montes Claros por ter chamado a PM para agredir os estudantes sem nenhuma razão que justificasse a violência cometida.
O vereador informou que a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa já agendou a audiência que tratará da violência da PM contra os estudantes secundaristas. Por mais uma vez o vereador do PCdoB cobrou que a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal se ponha em movimento, para que conjuntamente com a comissão da assembléia possam atuar conjuntas.
Segundo Lipa, até o presente momento deste pronunciamento, doze dias já haviam se passado sem que fosse publicada ou divulgada uma nota se quer, de condenação ou repudio por parte da Prefeitura Municipal de Montes Claros, contra a violência protagonizada pela PM. Esse fato cria fortes indícios de culpa, pois, não se trata de tomar partido pela causa em questão do meio-passe, pois, é uma outra discussão que compete a Câmara. Entretanto é de suma importância condenar os atos de violência desnecessários que foram cometidos no último dia 24 de abril.
Sugeriu que o valor pago em multas para a Transmontes (empresa de transporte público da cidade), seja revestida para o custeio da implantação do meio-passe estudantil, já que os números “crescentes” das multas aplicadas pela Transmontes apresentam um ganho impressionante.
Através do relatório enviado pela empresa de transporte, no qual relata suas atividades, Lipa fez questão de divulgar os números de multas e o aumento significativo de janeiro de 2005 a dezembro de 2007 36 vezes.
Em fevereiro de 2005 foram aplicadas 239 multas, em julho de 2007 foram aplicadas 1408 multas, o que proporciona um aumento de 430% de um mês para o outro. 22.432 multas aplicadas em 36 vezes, são 7.810 multas por ano, 651 multas por mês, 22 multas aplicadas por dia. Esse estava sendo o ritmo de multas aplicadas contra os proprietários de veículos de Montes Claros, levando em conta que uma ou outra ocorrência são de gravidade, as demais consistem em multas irrelevantes, consideradas leves.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

31º Vídeo do Programa do PCdoB Nacional apresenta o trabalho que o Partido desenvolve pelo Brasil. Confira o trabalho do PCdoB, clicando no link abaixo da imagem. Abrirá uma página do Orkut, na qual, você assistirá ao vídeo. PCdoB 86 anos de luta pelo povo Brasileiro.
Clique no link abaixo:

quarta-feira, 30 de abril de 2008

REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL RECEBEU PROTESTO DAS MÃES DOS ESTUDANTES FERIDOS DURANTE MANIFESTAÇÃO


Em protesto e buscando “justiça” contra as agressões sofridas por seus filhos durante a manifestação da última quinta-feira (24), nasceu o movimento “Mães do 24 de abril”. Mães e pais se manifestaram na manhã de terça-feira (29), na reunião ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros, com cartazes contendo fotos dos estudantes feridos durante manifestação pelo meio-passe. As “Mães do 24 de abril”, é uma forma de declarar que, agora, quem está na luta pelo meio-passe são as mães dos jovens, pois, seus filhos iniciaram uma luta por democracia e por fazer valer seus direitos, e no entanto, foram reprimidas com violência e covardia pela PM. Segundo manifesto distribuído para a população, as mães cobraram dos vereadores postura e justiça e afirmaram que a luta irá continuar interrupta e cada vez mais freqüente até que a prefeitura aprove o beneficio estudantil e que os mandantes das agressões seja punido severamente pela justiça. As mães se reuniram com a Ordem dos Advogados do Brasil, com o arcebispo da cidade, além de recorrer as comissões dos direitos humanos da assembléia mineira e da câmara municipal para que interfiram no caso e busquem justiça.


MÃE DE UMA DAS CRIANÇAS FERIDAS DURANTE MANIFESTAÇÃO DO MEIO-PASSE LÊ CARTA DE REPUDIA AS AGRESSÕES DA PM E COBRA POSTURA DOS VEREADORES


Uma das mães que teve sua filha ferida durante a manifestação, por horas tentou ler uma carta de sua autoria, expressando a sua repudia e desespero por justiça. Entretanto, não foi permitida a sua manifestação, Durante o intervalo da reunião, apenas três vereadores se propuseram a ouvir a mãe, sendo eles Lipa Xavier, Fátima Pereira e Athos Mameluque. Os outros “12” vereadores foram tomar seu cafezinho! Na carta da mãe, que foi lida em alto e bom som, reforça a luta das mães que “compraram a briga” pelo meio-passe, além da luta pela democracia plena e pelos direitos humanos. Em uma das linhas reforça que mesmo que sua filha tivesse morrido durante a manifestação, teria a consciência que teria morrido com honra, e jamais em vão! Pois, a luta por justiça e por valer o seus direito é um ato digno e nobre. A reivindicação de Terezinha Pereira foi noticiada pelo jornal “O Norte de Minas” com destaque e no mesmo foi publicada a carta da mãe indignada.


PRONUNCIAMENTO DE LIPA XAVIER DURANTE REUNIÃO ORDINÁRIA

Na reunião ordinária Lipa Xavier também leu uma carta de autoria do ex-secretário municipal de Esporte e Lazer, Georgino Souza Neto que lamentou e se manifestou decepcionado com a arbitrariedade do prefeito Athos Avelino em permitir que o lamentável e vergonhoso acontecimento. Confira no vídeo acima o pronunciamento do vereador Lipa Xavier, no qual manifesta a sua repudia das agressões, além da leitura da carta (na integra) do ex-secretário de Esporte e Lazer - Georgino Souza Neto.

AUDIÊNCIA PUBLICA SOBRE O MEIO-PASSE APRESENTA REPÚDIO DA CLASSE ESTUDANTIL CONTRA AS AGRESSÕES DA PM

Durante audiência pública na Unimontes na noite de quinta-feira (24), a qual tinha como finalidade discutir sobre o Projeto de Lei do meio-passe estudantil para os translado no transporte público urbano de Montes Claros, compareceram o vereador Lipa Xavier (PCdoB), o presidente da Câmara Municipal Cori (PPS), o vice-presidente Guila Ramos e o Secretário Júnior Sambambaia (PV). Os representantes das entidades estudantis que fariam parte da mesa para a discussão foram substituídos por outros representantes, pois, os indicados anteriormente, estavam detidos na DP da Policia Militar. Segundo nota da assessoria de imprensa da PM estariam prestando depoimento em companhia de outros detidos pelos policiais, que supostamente (segundo os policiais), também estariam participando da manifestação. Infeliz pronunciamento da PM. Um dos detidos se tratava de um pai que no momento da manifestação, em busca do filho, solicitou uma informação a um dos policiais, que logo o respondeu com voz de prisão.

Determinado momento da audiência os detidos pela PM, Daniel Ferreira, Flávio Nascimento, Diogo Oliveira, Lucas Alves, José Neto, Celina Alves e Tiago Ramos adentraram no auditório, momento de comoção e alivio para toda a classe estudantil que estava presente, que quebrando o protocolo, aplaudiram por minutos à volta dos companheiros. Lipa Xavier não negou manifestações de felicidades, se levantou da cadeira e foi ao encontro dos camaradas para abraçá-los.

As vítimas detidas pela PM tiveram oportunidade de usar a tribuna para declararem o desabafo, que desmentiram a nota da PM e da prefeitura, informando que estariam prestando depoimento. Segundo o estudante da Unimontes Daniel Coelho “foi um chá de cadeira de oito horas”, além de denunciar as agressões morais e físicas sofridas. O motorista de ônibus rodoviário Delvani Ferreira Coelho de 42 anos, que foi preso ao solicitar uma informação ao policial, quando procurava o seu filho, disse não acreditar na postura ditatorial e cega do PM, o qual somente queria saber de prender quem estava no caminho.

O DCE divulgou manifesto de repudia contra os atos cruéis contra a classe estudantil, assim como um professor da Universidade Estadual de Montes Claros que leu um manifesto elaborado por uma comissão de 300 professores em prévia da candidatura passada do atual prefeito, na qual prestava apoio às propostas de democracia e compromisso social que Athos defendeu nas suas promessas de campanha. Após ler o documento, o professor disse estar totalmente decepcionado com a postura da prefeitura e em protesto devolveu o documento para o presidente da Câmara Municipal, Coriolando Ribeiro do PPS.

quinta-feira, 24 de abril de 2008


À MODA DA DITADURA, PREFEITURA DE MONTES CLAROS TENTA CALAR ESTUDANTES


"Grupo tático da PM", semelhante ao já famoso Bope, protagoniza cenas de violência e terror durante manifestação pelo meio-passe na cidade. Estudantes revoltados puxam palavra de ordem: Athos, pede pra sair!


Nesta quinta-feira (24), 3.000 estudantes saíram às ruas da cidade de Montes Claros – Norte de Minas Gerais - cobrando o compromisso feito pelo atual prefeito, Athos Avelino (PPS), na última manifestação realizada no dia 27 de março. Nesta ocasião, 5.000 estudantes se mobilizaram para fazer valer o direito do meio-passe nos transportes públicos da cidade. Na ocasião, (27 de março) os estudantes conseguiram ser ouvidos pelo Vice-Prefeito Sued Botelho (PT) e o presidente da Transmontes (empresa de transporte público de Montes Claros) que se comprometeram em realizar a formação de uma comissão, na qual os estudantes teriam vez e voto nas discussões do benefício. Solicitaram um prazo de 45 dias para elaborarem o projeto e se comprometeram em debater com os estudantes os dados da proposta. Entretanto, passado quase um mês do prazo solicitado por eles, os estudantes saíram novamente nesta manha de quinta-feira (24) em protesto pelas ruas da cidade, tendo como destino a Prefeitura Municipal de Montes Claros. Após ocuparem o canteiro da prefeitura, os 3.000 estudantes tiveram a notícia que o prefeito não estava na mesma. Dessa forma, esperaram quinze minutos (referente aos 15 anos de espera pela aprovação do meio-passe) antes de anunciar a ocupação do prédio da prefeitura. Passada meia hora, os estudantes ocuparam o salão principal da prefeitura, reivindicando a presença do prefeito Athos Avelino para discutir pessoalmente, desta vez, sem enviar representante. O acordo feito pelas entidades estudantis e tramitado pelo vereador do PCdoB Lipa Xavier (autor do Projeto de Lei do Meio-passe estudantil em Montes Claros) consistia em que se o Prefeito se reunisse pessoalmente, os estudantes desocupariam o salão da prefeitura e aguardariam do lado de fora. Entretanto, Athos Avelino não apareceu, nem mesmo o vice-prefeito Sued Botelho –PT, o qual tinha conduzido às negociações do último dia 27 de março. O presidente da Câmara Municipal Cori –PPS, se comprometeu em conversar com o prefeito para que o mesmo comparecesse, porém, o prefeito sequer atendeu o telefone. Em protesto, os estudantes sentaram-se no chão e anunciaram a ocupação, que poderia ficar até mesmo dias, caso não fossem recebidos pelo prefeito. Em represália, a tropa de choque e o grupo tático da PM lançaram sprey de pimenta nos estudantes (menores de idade) forçando os mesmos a saírem da sala principal do prédio. Muitos foram carregados por colegas, pois estavam desmaiando e sendo sufocados. Após grande parte de eles saírem do prédio, um forte esquema de segurança da PM empurrou com escudos e cassetetes os estudantes escadaria abaixo. A partir deste momento, as fortes represálias se iniciaram, pois, as lideranças estudantis que permaneceram no prédio da prefeitura, tiveram anunciado voz de prisão. Cerca de quinze diretores municipais e estaduais foram presos, e até o fechamento desta matéria ainda não haviam sido libertados.
O caos se instaurou no momento em que um estudante tentou sair da prefeitura e foi agarrado por um policial que tentava prende-lo. O estudante revoltado reagiu e logo mais três policiais tentaram imobiliza-lo. Enfurecida, a multidão de estudantes partiram para intervir na prisão, que foi logo dispersada por tiros de borracha e bombas de efeito moral e de pimenta. Até este momento foram 23 estudantes feridos por balas de borracha e estilhaços de bombas. Uma estudante de treze anos teve o seio cortado profundamente por um destes estilhaços tendo de ser levada para a Santa Casa para que fosse tratada.
A jovem estudante Lunny Pereira foi empurrada escada abaixo e desmaiou. Uma senhora que estava dentro da Prefeitura pra pagar o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) foi jogada escadaria abaixo. O engenheiro agrônomo Frederico Lima, ex-coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Viçosa (DCE-UFV), foi mordido por um cão e teve seu braço ferido por uma bala de borracha. Daniel Dias, estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), foi agredido por diversas vezes e também empurrado escada abaixo.
Esses são apenas alguns relatos da violência vivenciada hoje nesse vergonhoso dia pra nossa cidade.
Nesse momento, estão prestando depoimento o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), Diogo Santos, o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Flávio Nascimento, o presidente da União da Juventude Socialista (UJS) em Montes Claros, José Lousada Neto, a vice-Minas da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Luiza Lafetá, o diretor de políticas institucionais da UBES, Thiago Mayworn, além do diretor estadual da UJS, Danniel Coelho.
Foram presos mais de 20 estudantes, sendo que quinze deles são diretores municipais e estaduais.
Faça o Download dos vídeos da 2ª manifestação do meio-passe estudantil
Vídeo1
Vídeo2